20/01/19

Objectivos


Já venho tarde para falar de objectivos para 2019, bem sei. Também já venho tarde com a primeira publicação deste ano. A verdade foi que não estive nada inspirada nos primeiros dias do ano para vir aqui escrever. Tive outras coisas em que pensar e com que me ocupar nesses dias, tanto que terminei de ler um livro, passei uns dias a trabalhar, fiz uma viagem de avião, vi um espectáculo, fui a um concerto, desgracei-me em lojas de roupa, enfim. Para além disso – e isto pode até parecer um tanto ou quanto estúpido –, eu não sabia o que escrever enquanto primeira publicação do ano. Achava estranho vir aqui escrever algo “normal”, sobre um tópico qualquer que me viesse à cabeça ou sobre o qual já estou para escrever há algum tempo. Achava que a primeira publicação de um novo ano tinha que ser...”especial”, de certa forma.

E é comum, em outros blogs, esta ser acerca da passagem de ano ou das resoluções ou objectivos para o novo ano. Mas eu, na última publicação de 2018, referi que não iria divulgar dos meus planos, desejos e objectivos por achar que isso traria azar. No entanto, depois de reflectir sobre o assunto – até porque a vontade de vir aqui escrever começou a apertar e eu continuava a precisar de um bom tema para iniciar o ciclo de publicações do novo ano –, resolvi escrever sobre isso mesmo. Com um certo senão.

Porque uma coisa são os meus desejos mais profundos e mais ambiciosos, aqueles que eu quero continuar a guardar só para mim e que parece que, quanto mais pessoas souberem, pior – a tal questão do azar. E outra coisa são objectivos “simples” e pequenos desejos. Que, se não forem concretizados este ano, não será o fim do mundo.


Fazer um curso de línguas
Assim que me encontrar numa situação financeira minimamente estável, uma das coisas em que quero investir é num curso de línguas, e a língua em que gostava de investir é o francês. Tudo o que aprendi de francês na escola já foi varrido da minha mente por falta de uso, e é raro ler uma frase em francês e conseguir compreendê-la. Acho que uma língua é sempre uma mais-valia, até porque há países onde os locais se recusam a falar inglês – e já ouvi dizer que a França é um deles.

Reduzir o tempo de exposição aos ecrãs
Principalmente ao ecrã do telemóvel. Principalmente no que toca às redes sociais. A verdade é que, ultimamente – e infelizmente –, tenho-o feito com muita frequência, até quando estou aborrecida em casa e não sei o que fazer. Quando, na verdade, podia estar a fazer imensas coisas interessantes. E queria reduzir essa exposição, em especial, à noite, pois está comprovado que as luzes e o brilho dos ecrãs inibem a produção de melatonina, a hormona do relaxamento, e, portanto, pioram a qualidade do sono.

Ir ao congresso da APN (Associação Portuguesa dos Nutricionistas)
Este congresso realiza-se todos os anos e eu, ao contrário dos meus colegas de curso, ainda não fui uma única vez. A verdade é que me passa sempre ao lado, até porque estou isolada numa ilha. E só me lembro dele se alguém me pergunta se vou, ou quando vejo fotografias no Instagram de colegas reunidos antes, durante ou após o congresso. Este ano, se tiver disponibilidade e possibilidade para tal, gostava de lá estar, não só para aprender coisas novas, mas também para rever alguns colegas que também apareçam por lá.

Reclamar menos...
Este é um bocado complicado para mim, mas estou mesmo disposta a tentar! E disposta a abraçar o positivismo. Reclamar parece atrair más energias e parece que estou mal com a vida quando o faço. E gostava mesmo de mudar isso e de adoptar uma mentalidade mais relaxada.

...e procrastinar menos
Este até podia vir no seguimento da questão dos ecrãs. Porque, de facto, estar ao telemóvel quando me sinto aborrecida é tempo de vida perdido, que podia ser usado para coisas bem mais interessantes e produtivas. Só depois de o fazer e de ver as horas a passar é que o constato. Por isso, este ano gostava de fazer menos coisas parvas para matar tempo, e, em vez disso, aproveitá-lo da melhor forma, mesmo que tenha que o fazer sozinha. E, claro, definir prioridades e manter o foco naquilo que é realmente importante.

Fazer um novo curso de lettering
Aquilo que aprendi em termos de lettering durante o último Verão foi através de um curso online. No entanto, tudo o que aprendi foi muito básico, e tenho plena noção de que existe muito mais para aprender, tanto que me tenho inspirado também noutros artistas, ao invés de me limitar apenas ao que aprendi no curso. Soube, no final do ano passado, de um novo curso online que me parece bastante interessante e cujos conteúdos irão, certamente, ser valiosos e de grande utilidade para mim. Agora, só me resta começar – e, lá está, organizar-me e procrastinar menos.

Ser capaz de tomar café sem açúcar
Este também é ambicioso para mim. É verdade que não gosto de coisas muito doces e que nem sequer ponho açúcar noutras bebidas, mas o café (ainda) é demasiado amargo para meu gosto. Mas uma coisa já me deixa satisfeita: não coloco um pacote de açúcar inteiro. Na verdade, coloco mesmo muito pouco, pelo que acho que será apenas uma questão de tempo e de hábito até não colocar nada. Gradualmente e com calma, hei-de chegar lá.

Escrever mais e desenhar mais
Quero mesmo ser mais assídua aqui no blog. Tenho várias ideias para publicações; o que muitas vezes me falta é a vontade de pô-las em texto. E também gostava de desenhar mais, até porque aí é que as ideias não páram de surgir. Uma coisa que gostava era, todos os meses, fazer pelo menos um desenho que não fosse lettering. Quem me conhece ou segue há mais tempo sabe que eu costumava desenhar bonequinhas – incluindo versões minhas de personagens de filmes ou séries de animação, por exemplo –, e eu por vezes sinto saudades disso. Tenho mesmo que procrastinar menos.

Continuar a acordar cedo
Mesmo que não tenha obrigações logo pela manhã. Passar a acordar cedo desde há uns meses para cá foi das melhores coisas que fiz. Os dias passaram a render muito mais e eu deixei de me sentir tão perdida e sem rumo. É um hábito que quero mesmo manter, pois, graças a isso, consigo fazer muito mais coisas durante o dia e sinto-me melhor e com mais energia.

Fazer uma viagem
Não sou uma pessoa muito viajada e não conheço praticamente nada do mundo, mas o bichinho das viagens já começou a tomar conta de mim e cada vez existem mais lugares a que gostava de ir, nem que fosse apenas para mudar de ares, relaxar e ver coisas novas. O destino não me importa assim tanto, pois existem imensos por onde escolher e não vou dizer que, este ano, só viajo se for para sítio X ou Y - por isso, qualquer destino é bem-vindo. Mas gostava mesmo de ter a oportunidade de sair daqui por uns dias para umas verdadeiras férias em boa companhia.

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