Já
venho tarde para falar de objectivos para 2019, bem sei. Também já
venho tarde com a primeira publicação deste ano. A verdade foi que
não estive nada inspirada nos primeiros dias do ano para vir aqui
escrever. Tive outras coisas em que pensar e com que me ocupar nesses
dias, tanto que terminei de ler um livro, passei uns dias a
trabalhar, fiz uma viagem de avião, vi um espectáculo, fui a um
concerto, desgracei-me em lojas de roupa, enfim. Para além disso –
e isto pode até parecer um tanto ou quanto estúpido –, eu não
sabia o que escrever enquanto primeira publicação do ano. Achava
estranho vir aqui escrever algo “normal”, sobre um tópico
qualquer que me viesse à cabeça ou sobre o qual já estou para
escrever há algum tempo. Achava que a primeira publicação de um
novo ano tinha que ser...”especial”, de certa forma.
E
é comum, em outros blogs, esta ser acerca da passagem de ano ou das
resoluções ou objectivos para o novo ano. Mas eu, na última
publicação de 2018, referi que não iria divulgar dos meus planos,
desejos e objectivos por achar que isso traria azar. No entanto,
depois de reflectir sobre o assunto – até porque a vontade de vir
aqui escrever começou a apertar e eu continuava a precisar de um bom
tema para iniciar o ciclo de publicações do novo ano –, resolvi
escrever sobre isso mesmo. Com um certo senão.
Porque
uma coisa são os meus desejos mais profundos e mais ambiciosos,
aqueles que eu quero continuar a guardar só para mim e que parece
que, quanto mais pessoas souberem, pior – a tal questão do azar. E
outra coisa são objectivos “simples” e pequenos desejos. Que, se
não forem concretizados este ano, não será o fim do mundo.
Fazer
um curso de línguas
Assim
que me encontrar numa situação financeira minimamente estável, uma
das coisas em que quero investir é num curso de línguas, e a língua
em que gostava de investir é o francês. Tudo o que aprendi de
francês na escola já foi varrido da minha mente por falta de uso, e
é raro ler uma frase em francês e conseguir compreendê-la. Acho
que uma língua é sempre uma mais-valia, até porque há países
onde os locais se recusam a falar inglês – e já ouvi dizer que a
França é um deles.
Reduzir
o tempo de exposição aos ecrãs
Principalmente
ao ecrã do telemóvel. Principalmente no que toca às redes sociais.
A verdade é que, ultimamente – e infelizmente –, tenho-o feito
com muita frequência, até quando estou aborrecida em casa e não
sei o que fazer. Quando, na verdade, podia estar a fazer imensas
coisas interessantes. E queria reduzir essa exposição, em especial,
à noite, pois está comprovado que as luzes e o brilho dos ecrãs
inibem a produção de melatonina, a hormona do relaxamento, e,
portanto, pioram a qualidade do sono.
Ir
ao congresso da APN (Associação Portuguesa dos Nutricionistas)
Este
congresso realiza-se todos os anos e eu, ao contrário dos meus
colegas de curso, ainda não fui uma única vez. A verdade é que me
passa sempre ao lado, até porque estou isolada numa ilha. E só me
lembro dele se alguém me pergunta se vou, ou quando vejo fotografias
no Instagram de colegas reunidos antes, durante ou após o congresso.
Este ano, se tiver disponibilidade e possibilidade para tal, gostava
de lá estar, não só para aprender coisas novas, mas também para
rever alguns colegas que também apareçam por lá.
Reclamar
menos...
Este
é um bocado complicado para mim, mas estou mesmo disposta a tentar!
E disposta a abraçar o positivismo. Reclamar parece atrair más
energias e parece que estou mal com a vida quando o faço. E gostava
mesmo de mudar isso e de adoptar uma mentalidade mais relaxada.
...e
procrastinar menos
Este
até podia vir no seguimento da questão dos ecrãs. Porque, de
facto, estar ao telemóvel quando me sinto aborrecida é tempo de
vida perdido, que podia ser usado para coisas bem mais interessantes
e produtivas. Só depois de o fazer e de ver as horas a passar é que
o constato. Por isso, este ano gostava de fazer menos coisas parvas
para matar tempo, e, em vez disso, aproveitá-lo da melhor forma,
mesmo que tenha que o fazer sozinha. E, claro, definir prioridades e
manter o foco naquilo que é realmente importante.
Fazer
um novo curso de lettering
Aquilo
que aprendi em termos de lettering durante o último Verão
foi através de um curso online. No entanto, tudo o que aprendi foi
muito básico, e tenho plena noção de que existe muito mais para
aprender, tanto que me tenho inspirado também noutros artistas, ao
invés de me limitar apenas ao que aprendi no curso. Soube, no final
do ano passado, de um novo curso online que me parece bastante
interessante e cujos conteúdos irão, certamente, ser valiosos e de
grande utilidade para mim. Agora, só me resta começar – e, lá
está, organizar-me e procrastinar menos.
Ser
capaz de tomar café sem açúcar
Este
também é ambicioso para mim. É verdade que não gosto de coisas
muito doces e que nem sequer ponho açúcar noutras bebidas, mas o
café (ainda) é demasiado amargo para meu gosto. Mas uma coisa já
me deixa satisfeita: não coloco um pacote de açúcar inteiro. Na
verdade, coloco mesmo muito pouco, pelo que acho que será apenas uma
questão de tempo e de hábito até não colocar nada. Gradualmente e
com calma, hei-de chegar lá.
Escrever
mais e desenhar mais
Quero
mesmo ser mais assídua aqui no blog. Tenho várias ideias para
publicações; o que muitas vezes me falta é a vontade de pô-las em
texto. E também gostava de desenhar mais, até porque aí é que as
ideias não páram de surgir. Uma coisa que gostava era, todos os
meses, fazer pelo menos um desenho que não fosse lettering.
Quem me conhece ou segue há mais tempo sabe que eu costumava
desenhar bonequinhas – incluindo versões minhas de personagens de
filmes ou séries de animação, por exemplo –, e eu por vezes
sinto saudades disso. Tenho mesmo que procrastinar menos.
Continuar
a acordar cedo
Mesmo
que não tenha obrigações logo pela manhã. Passar a acordar cedo
desde há uns meses para cá foi das melhores coisas que fiz. Os dias
passaram a render muito mais e eu deixei de me sentir tão perdida e
sem rumo. É um hábito que quero mesmo manter, pois, graças a isso,
consigo fazer muito mais coisas durante o dia e sinto-me melhor e com
mais energia.
Fazer
uma viagem
Não
sou uma pessoa muito viajada e não conheço praticamente nada do
mundo, mas o bichinho das viagens já começou a tomar conta de mim e
cada vez existem mais lugares a que gostava de ir, nem que fosse
apenas para mudar de ares, relaxar e ver coisas novas. O destino não
me importa assim tanto, pois existem imensos por onde escolher e não
vou dizer que, este ano, só viajo se for para sítio X ou Y - por isso, qualquer destino é bem-vindo. Mas
gostava mesmo de ter a oportunidade de sair daqui por uns dias para
umas verdadeiras férias em boa companhia.
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