Um dia estranho, o de ontem.
Na verdade, os dias têm sido estranhos desde o fim-de-semana, devido ao estado do tempo. O sol tem estado a brilhar durante o dia todo e o frio do inverno parece ter desaparecido. Os dias convidam a passeios ao ar livre ou a desfrutar da esplanada, pedem roupas mais frescas e quase me convenceram a vestir uma t-shirt ou a dar um mergulho no mar. É algo tão estranho e atípico, não apenas por ser Fevereiro, mas também porque, aqui onde vivo, vários dias de sol seguidos é uma raridade.
O sol e o céu azul conseguem alegrar-me de certa forma e convidam-me a ir para o exterior, para usufruir da luz do sol e do seu calorzinho reconfortante. É uma espécie de energia positiva e de renovação e de um presente após vários dias chuvosos, cinzentos ou sem graça; algo que parece alegrar a alma. Por muito que goste de chuva e de um céu escuro no inverno, especialmente quando não tenho planos e o meu único plano é ficar em casa, o sol parece despertar algo dentro de mim, como se eu tivesse, realmente, necessidade dele. Por isso, quando surgem dias como estes, sinto como que a “necessidade” de desfrutar deles. De apanhar algum ar fresco, nem que seja apenas na minha varanda, e aproveitar o próprio sol.
O dia de ontem foi particularmente estranho porque dei por mim a pensar no verão. Eu, que passei a encarar o calor como algo insuportável, que acabo por ficar irritada quando os dias seguidos de sol começam a ser em demasia, que deixei de considerar o verão como a minha estação do ano preferida – como já por aqui falei – …comecei a pensar no verão.