Ao contrário de Maio, que passou num ápice e em que aconteceram e fiz diversas coisas, notei que Junho foi um mês mais monótono.
Talvez por ter tido alguns serviços para prestar, o que fez com que tivesse que me readaptar a uma nova rotina. Passei diversos dias a trabalhar, e notei que as minhas manhãs eram dedicadas ora ao trabalho, ora a cuidar de mim e do meu corpo e a fazer exercício físico. E também notei que passei o mês inteiro sem pegar num livro. Por isso, sim, monótono.
No entanto, trabalhar tem o seu lado bom, apesar da monotonia e de todas as chatices. E, claro, o exercício também. Sabe-me sempre bem fazer um pouco de pilates, ou simplesmente uma longa sessão de alongamentos logo pela manhã. Sinto-me sempre melhor depois disso.
Trabalho, exercício físico e tarefas domésticas à parte, o meu tempo livre durante este mês que passou foi dedicado, sobretudo, ao desenho. A experimentar coisas diferentes, especialmente, tanto em termos de materiais como da própria composição. Fiz uma ilustração da qual me orgulho muito – uma fanart do jogo Journey, que joguei em Maio – e que adorei, não só o resultado final, mas também o próprio processo. Tal como em Maio, as ideias continuam a fluir, e não param de surgir.
E também na cozinha experimentei coisas diferentes. Em Junho, as experiências culinárias foram grão-de-bico com cuscuz e legumes, caril de tofu, bolonhesa de soja, noodles com delícias do mar e legumes chineses, uma nova receita de bacalhau e uns bolinhos de feijão-frade. Todas elas saíram mesmo bem e ficaram deliciosas, se bem que as quatro primeiras foram as minhas favoritas, e irei, definitivamente, fazê-las mais vezes. Em Junho continuei, assim, a explorar novas receitas e a reduzir o consumo de carne. Aliás, não fiz uma única refeição de carne nesse mês. A única coisa que não consigo – e acho que nunca conseguirei – dispensar é o fiambre e/ou chouriço numa pizza – para mim, uma pizza sem chouriço não é pizza.
Em Junho tive um longo convívio de família. Já não via alguns dos meus familiares desde o começo do confinamento, e foi tão bom e divertido voltarmos a estar todos juntos.
Em Junho, aproveitei alguns dias de sol na companhia do R.. Almoçámos juntos ao ar livre. Num deles, acabámos por ir à praia ao final da tarde. Noutro, estivemos num recanto romântico que eu descobri por mero acaso, sobre o mar, à sombra de uma árvore. Sabe sempre tão bem passar estes dias fora de casa e na companhia dele, a conversar, a rir, a namorar, a passear de mãos dadas.
Junho trouxe outras pequenas coisas boas. O voltar a tomar um café numa esplanada. O voltar a ir comer fora. Saborear um McFlurry e uma hamburguer vegetariana da qual fiquei fã. Pisar a areia e pôr os pés no mar – foram mesmo só os pés…a água estava a congelar. Ver o mar, ver como está tão translúcido e apreciar todos os seus tons. Desfrutar de uma sombra fresca num dia de calor e dos almoços lá fora, sem sair de casa. Bem como desfrutar do barulho da chuva enquanto se está em casa. Ver um filme com pipocas – o Little Women, que adorei. Aqueles jantares de pizza ou de tostas. Jogar um jogo que parece uma série e que nos transporta para lá – o Life Is Strange, que está a ser tão emocionante desde o início. Encomendar novos livros, mesmo tendo vários ainda por ler. Usar roupa mais fresca, arriscar em novos conjuntos e gostar da minha imagem ao espelho.
Apesar da monotonia e de uma nova rotina, Junho não deixou de ser bom, e não deixou de trazer coisas boas. Coisas boas, aliás, existem sempre, se se estiver disposto a dar por elas.
Quanto a Julho, bem, estou a ver-me já com tantas coisas para fazer e não sei bem para onde me virar ou por onde começar.
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