Maio passou a voar e foi mais um mês de incertezas e sem expectativas. Porém, com muitas coisas boas.
Foi um mês de reencontros. Reencontrei-me
com o R. e soube tão bem dar-lhe aquele abraço tão forte e apertado após mais
de dois meses. Almoçámos juntos ao ar livre, com música romântica numa das vezes, demos um passeio de mãos dadas,
ele deu-me flores. Já tinha tantas saudades destes momentos, e foi tão bom. Também
me reencontrei com o meu pai e com os meus tios que vivem aqui por baixo, e
também já sentia falta destes convívios.
Foi um mês muito proveitoso em
termos criativos. Continuei a desenhar mais do que habitualmente e continuei –
e continuo – cheia de ideias. Descobri o quanto passei a gostar de desenhar
detalhes, plantinhas e flores. Fiz diversos rascunhos de flores, “estudando”
diversas espécies. Desenhei-as utilizando outros materiais e técnicas. Ando a
progredir e a ficar satisfeita com aquilo que vou fazendo. Também arrisquei
decorar a minha caixa de chá, só para ver como me saía e como me dava com
outros materiais, e também gostei muito do resultado. E finalmente tenho um
quadro meu na sala. Encontrei uma moldura decente e gosto bastante de o ver ali
pendurado. Espero que seja o meu primeiro quadro de muitos, e espero que estes
venham a decorar muitas mais casas para além da minha.
E como a criatividade não se
faz só de desenho e artes plásticas, em Maio também fiz diversas sessões de
escrita. Embora não esteja tão avançada no meu projecto como gostaria, este
está a compor-se devagarinho e a deixar-me cada vez mais motivada quanto mais
escrevo.
Continuando na questão
criativa, em Maio arrisquei em novas experiências culinárias. Fiz almôndegas de
atum, almôndegas de feijão, cozinhei tofu pela primeira vez – misturei-o com noodles, legumes e molho de soja – e fiz,
novamente, a minha lasanha de soja e espinafres, que ficou tão boa como da
primeira vez – e, na minha opinião, melhor que a minha lasanha de carne. Continuo,
tal como no mês passado, a experimentar novos pratos e novas alternativas à
carne, o que continua a dar-me bastante gozo e satisfação. Ando a consumir muito
menos carne, e não estou a sentir-lhe qualquer falta.
Em Maio comecei a ler mais um
livro de bem-estar de inspiração japonesa, e confesso que foi um dos
responsáveis pela minha “inspiração” culinária – pelo menos incentivou-me a
cozinhar tofu e a fazer pratos de noodles.
Recebi livrinhos novos que tinha encomendado e li uma edição muito antiga de Orgulho e preconceito que tinha aqui em
casa. Não deixou de ser estranho ler um livro tão antigo e uma narrativa em que
tudo acontecia de forma tão rápida – sem descrições! –, mas gostei imenso do
livro; adorei a história, as personagens e ler os costumes da época, e também
gostei da forma rápida como tudo se desenrola e que tivesse muita ironia. Dias depois,
vi o filme, que também gostei muito e não lhe fica nada atrás. É muito fiel ao
livro, se bem que existem, claro, pequenas alterações e que, a meu ver, algumas
partes deviam ter sido mais exploradas. O livro é sempre melhor do que o filme,
mas este último é muito giro e fofinho e adorei ambos.
Para além deste, outros filmes
que adorei ver este mês foram Dead Poets
Society, Flipped, Wonder, Emma e All the bright places.
Revi, ainda, alguns filmes de que já mal me lembrava, e foi como se os visse
pela primeira vez.
Em Maio voltei a ligar a minha
PlayStation e joguei Journey, um dos
jogos que estavam a ser oferecidos em Abril para incentivar as pessoas a
manterem-se em casa – uma óptima iniciativa, a meu ver. E o certo é que, se
este jogo não fosse gratuito, eu acho que nem sequer teria dado por ele. Por isso,
ainda bem que o ofereceram e que eu aproveitei esta oferta, porque, caso contrário,
teria perdido uma das minhas melhores experiências de sempre enquanto jogadora.
Foi o jogo mais bonito que já joguei, e só peca por ser tão curtinho. A história
é incrível e tocante, os cenários são lindíssimos e a banda sonora é
maravilhosa.
Outras pequenas alegrias do
mês de Maio foram as minhas sessões de pilates e ioga, que me fazem sentir
sempre tão bem; o tirar, finalmente, a roupa de inverno do meu quarto e
livrar-me do meu robe – finalmente o tempo começou a aquecer, embora, e
felizmente, nem tanto como em Portugal continental –; o jantar de pizza do
outro dia que me soube pela vida; ouvir o novo álbum de uma banda de que gosto imenso - é o que eu digo: só grandes regressos este ano -; e os dias de sol com almoços lá fora na
varanda.
Para este mês de Junho, volto
a não ter expectativas, uma vez que é mais um mês incerto, mas espero que, tal
como Maio, seja muito proveitoso e cheio de coisas boas.
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