Não
me interessa qual será a cor dos teus olhos, mas espero que olhes
para mim como não olhas para mais ninguém, como se eu fosse algo de
incrível e de espantoso. Nem me interessa como será o teu cabelo,
se serás apenas um pouquinho mais alto do que eu ou bastante mais
alto. Porque, seja como for, acho que te vou achar tão giro e
irresistível ao ponto de não conseguir tirar os olhos de ti.
Também
não me vai interessar de onde vens, e com isto refiro-me não só ao
local onde vives, como a todo o background que carregas
contigo. Claro que vou querer saber tudo isso, mas essas coisas,
sejam elas boas ou más, não vão fazer com que goste mais ou menos
de ti. O mesmo se pode dizer em relação àquilo que fazes da vida e
ao que fazem os teus pais. Assim como também não me vai interessar
que curso, universitário ou não, acabaste por tirar, ou se chegaste
a tirar algum. E também não me vai interessar o teu nome de família
– especialmente porque eu manterei sempre o meu último nome, por
mais que goste do teu (e por mais que eu goste de ti) –, mais
propriamente se esse nome carrega alguma espécie de status.
Não,
não me vai interessar nada disso. O que vai interessar é que me
faças feliz. Que me faças sentir confortável, segura, bonita, leve
e invencível quando estiver ao teu lado.
Gostava
que as nossas personalidades fossem diferentes ao ponto de se
equilibrarem uma à outra. Que fosses dinâmico, sociável, divertido
e desenrascado. Mas, acima de tudo, que puxasses por mim. Que
tivesses imensos planos e ideias para fazermos juntos e que me
arrancasses de casa para podermos concretizá-los todos – eu também
tenho imensos planos, por isso não terás que ser sempre tu a pensar
em tudo (mas será reconfortante saber que também não terei que ser
sempre eu a planear coisas). Mas que também puxasses por mim de uma
forma menos literal: que me fizesses perguntas, que arranjasses
facilmente algo sobre o qual conversar e que me “obrigasses” a
falar sobre tudo e mais alguma coisa – por outras palavras, que me
quisesses conhecer verdadeiramente.
Gostava
que fosses romântico e carinhoso. Que me dissesses coisas bonitas
que me deixassem sem palavras. Que não tivesses medo ou vergonha de
demonstrar o que sentisses por mim, mesmo que estivessem outras
pessoas, conhecidas ou não, à nossa volta. Que me surpreendesses
das mais variadas formas, mesmo que fossem totalmente clichés, como
um jantar à luz de velas ou um ramo de flores – sim, eu gosto
desse tipo de clichés, confesso. Que gostasses de quebrar a rotina,
mesmo que isso implicasse trocares as voltas todas e mudares por
completo o que já estivesse planeado para um certo dia. Que viesses
com planos malucos e inesperados de vez em quando, mesmo que a altas
horas da noite – e que alinhasses nos meus.
Gostava
que me fizesses rir. E que me fizesses sorrir e adorar a vida,
especialmente nos meus piores dias. Também gostava de fazer o mesmo
por ti: fazer-te sorrir. Gostava que a minha simples presença e o
facto de me veres pela primeira vez em mais um dia banal te fizesse
sorrir. Enfim, gostava que sorrisses com frequência, e tenho a
certeza que o teu sorriso seria o mais bonito do mundo para mim.
Gostava que fosses alguém com quem gostasse de conversar e com quem
eu fosse capaz de falar acerca de tudo. Gostava, também, que fosses
um bom ouvinte e que fosses alguém em quem eu pudesse confiar.
Gostava que me deixasses tão à vontade e tão confortável ao ponto
de eu ser capaz de cantar à tua frente – e que fique registado que
não canto à frente de ninguém e que não abro a minha alma a
qualquer pessoa, por isso, terás que ser mesmo especial (e fazer-me
sentir especial também) para que eu o consiga fazer.
Gostava
que apreciasses coisas simples, como o nascer ou o pôr-do-sol,
observar as estrelas no céu nocturno, apreciar uma paisagem bonita,
desfrutar de uma boa refeição ou bebida num sítio giro, entre
tantas outras. Gostava que todos estes momentos, por menos especiais
ou por mais normais que fossem, fossem “desculpa” para me dares a
mão, para me abraçares ou para me dares um beijo (ou mais do que
um...sim, preferencialmente mais do que um), sem que eu precisasse de
pedir.
Gostava
que tivesses o mesmo desejo que eu em viajar, pois não há nada que
eu mais queira para além de correr o mundo com a pessoa de quem eu
mais gostar e que mais me fizer feliz. Gostava, como é óbvio, que
fosses um excelente companheiro de viagem, uma vez que, se fores
daqueles que se queixa por andar muito a pé e por esperar muito nas
filas para os monumentos, que prefere ficar a dormir em vez de
acordar cedo para passear, que está sempre preocupado com o dinheiro
que está e que vai gastar e que não gosta de tirar
fotografias...bem, as coisas não darão certo.
Gostava
que não fumasses, porque detesto o cheiro a tabaco com todas as
minhas forças. Gostava que gostasses de cozinhar, porque eu não
gosto – mas não fará mal se não gostares, até porque não
iremos passar fome; pois, lá por eu não gostar, não quer dizer que
não me desenrasque e que não o faça, se tiver que ser. Gostava que
tivéssemos alguns gostos musicais em comum, para que eu tivesse
alguém com quem partilhar as minhas últimas descobertas e com quem
ir a concertos – mas também não fará mal se não tivermos
nenhum, desde que respeites os meus gostos; eu também respeitarei os
teus, mesmo que ouças música sem conteúdo algum e que eu não
suporte. Gostava que gostasses de sushi, mas ninguém é perfeito –
que é o mesmo que dizer: não fará mal se não gostares. Mas seria
mesmo muito bom ter uma companhia no sushi. Acho que seria ainda
melhor do que no caso dos concertos, pois, nesse caso, já estou
habituada a ir sozinha. Mas, enfim, se não for no sushi, que seja
noutros tipos de comida.
Gostava
que não levasses a mal e me respeitasses quando precisasse de tempo
sozinha e para as minhas actividades solitárias. Gostava que
respeitasses e me apoiasses nos meus “projectos artísticos”, uma
vez que estes e a solidão são uma parte de mim, uma parte que já
existia bem antes de ti e que quero manter sempre comigo, pois eu não
sou eu sem ela. Eu farei o mesmo por ti, caso também tenhas
“projectos artísticos” e/ou a necessidade de estares só de vez
em quando, até porque compreenderei na perfeição. E acho que
compreenderei melhor ainda se também fores um “artista” de
qualquer tipo (e, por favor, não leves as aspas a mal; não quer
dizer que aquilo que fazes não seja bom. Eu própria considero-me
“artista”, com aspas, sim).
Espero,
sinceramente, que não queiras ter filhos, já que, de mim, não
terás nenhum. Não os quero desde sempre, e tenho a certeza de que
não mudarei de ideias, por mais que goste de ti. Espero que, para
ti, eu seja o suficiente para te fazer feliz, e que não seja
necessário um terceiro elemento para tal, e para que te sintas
“completo”. Quanto a mim, tudo o que mais quero é mesmo isto:
que me faças feliz. Que me faças a pessoa mais feliz do mundo, ao
ponto de não querer e de não precisar de mais nada.
Espero
que compreendas que isto não é ser exigente ou picuinhas. Talvez
seja ser selectiva. Seja como for, não quero algo que não me
satisfaça, não me complete, não me faça feliz. Não sou pessoa de
me atirar de cabeça, e, definitivamente, não sou pessoa de me dar a
qualquer um, nem sequer de me dar a conhecer a qualquer um. Por isso,
e como já disse, terás que ser muito especial para que eu me dê a
ti, e terás, até, que te esforçar um bocado para quebrares a
fortaleza que construí à minha volta e destruíres a minha
armadura, para veres e conheceres quem eu sou realmente.
Não
sei quem és. Não sei se já te conheço ou não. Mas espero por ti.
Espero, um dia, encontrar-te.
Aliás
– e isto devia ter sido a primeira coisa a dizer –, eu espero que
existas.
opa... :') um dia mostra este texto "à tua pessoa"! ele vai gostar!
ResponderEliminarTheNotSoGirlyGirl // Instagram // Facebook
Poderei mostrar...quando encontrar "a pessoa", ahah xP
EliminarWonderful post, dear! ♥ I really liked it!
ResponderEliminarHugs ♥
Existe e vai chegar, quando menos contares :)
ResponderEliminarLindo texto
Parabéns
Beijinhos
Espero que sim, ahah xP
EliminarObrigada ^^
ADOREI! ♥
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