Em Julho, fui contactada por uma seguidora da minha página. Disse que adorava o meu trabalho e que gostaria de oferecer uma caixa personalizada por mim a uma amiga que estava grávida. Perguntou-me se eu aceitava encomendas.
Fiquei sem saber o que dizer. Por um lado, era óbvio que queria aceitar encomendas e fazer produtos personalizados para outras pessoas – era o meu grande objectivo! Mas, por outro, eu nunca tinha feito aquilo antes. Não sabia se os meus produtos podiam já ser considerados dignos de serem vendidos. Achava que tinha muito mais a aprender e a aperfeiçoar antes de tornar a questão das encomendas algo “oficial”. Era como se eu estivesse à espera de um “momento perfeito” inexistente para anunciar que estava a aceitar encomendas e que estava pronta a colocar o meu trabalho no mundo, fora das minhas portas. Percebi o quanto estava a ser tola ao pensar nestes entraves, e aceitei. Fiz a caixa com todo o gosto, demorando todo o tempo que foi necessário, mantendo a moça – a minha primeira cliente! – a par de todo o processo; gostei bastante de fazer a caixa, de ver o resultado final e de saber que, tanto ela como a amiga, tinham-na adorado.
Este primeiro pedido foi como que um “empurrão” para não continuar à espera de um momento perfeito em que eu pense que já aprendi, pratiquei e aperfeiçoei o suficiente e que considere o meu trabalho digno de ser mostrado e vendido. Porque, na verdade, eu continuarei sempre a aprender, a melhorar e a evoluir. Eu sei que farei melhores trabalhos com o passar dos anos. A evolução é algo constante. Por isso, não faz sentido continuar a adiar, e este pedido, este “empurrão”, deu-me uma certa confiança para arriscar e ver no que isto vai dar.
Assim sendo…estou, oficialmente, a aceitar encomendas!
E como funcionam?