16/10/18

Coisas boas do mês - Setembro de 2018

Via We Heart It.
Não deixa de ser um bocado estranho ainda escrever sobre Setembro quando já vamos a meio de Outubro, eu sei. Tenho mesmo que tentar escrever estas retrospectivas mais cedo.


Um bom começo

Logo o primeiro fim-de-semana de Setembro foi estranho. Estranho no bom sentido, e digo estranho porque, sim, na verdade foi mesmo bom. Foi um começo de mês diferente; melhor dizendo, foi um mês que começou bem. Foi um fim-de-semana de reencontros. Reencontros inesperados, o que tornou a coisa ainda melhor. Reencontrei-me com pessoas diferentes nos dois dias, pessoas essas que já não via há algum tempo. Soube-me tão bem. Inclusive no sábado fui a uma festinha na minha cidade, e, apesar de a festa em si não ter sido lá grande coisa e de ter ficado um pouco aquém das minhas expectativas, valeu pelo convívio e pelo facto de chegar a casa quase às cinco da manhã. Isto de chegar a casa a estas horas parece que só me acontece uma vez por ano – se é que chega a acontecer alguma vez num ano inteiro –, mas, e eu nem sequer sei porquê, costuma saber-me bem quando acontece.


Equilíbrio”

Passei mais alguns dias a trabalhar, mas não me vou alongar neste tópico, uma vez que falei sobre isto na publicação anterior.


Como que para equilibrar um pouco a coisa – e também para me despedir do Verão – queimei os últimos cartuchos da estação. Ou seja, ainda aproveitei para dar uns mergulhos no mar, já que alguns dias em Setembro foram propícios a isso. Fui sozinha nalgumas dessas vezes, e isso também me soube pela vida. Sim, tanto me sabe bem estar com amigos que já não vejo há muito tempo, como também me sabe bem estar sozinha, completamente por minha conta. Não sei explicar bem porquê, mas adoro; adoro meter-me no carro e ir para onde me apetece, sem hora para voltar, sem obrigações. É como se me sentisse livre, independente.


Lazer

Em Setembro, também regressei ao pilates, actividade que comecei a praticar no ano passado e que adoro. Sinto-me bem quando saio de lá – mesmo nos dias em que saio toda partida, transpirada e com as pernas a tremer (sim, o pilates dói; desengane-se quem pense que é só deitar no tapete e “relaxar”) –, e apenas num ano notei diferenças em mim, não apenas no corpo, mas também a nível de força. E fico mesmo contente por, finalmente, ter encontrado uma actividade física de que realmente gosto, para além de nadar.

Por falar em actividades, outra a que me dediquei, tal como já tinha acontecido no mês passado, foi ao lettering. Em Setembro comecei a desenhar frases completas, e este é um processo que envolve composição, ou seja, o dispor as letras e as palavras na folha, o jogar com os tamanhos e com as formas, o uso de elementos decorativos...é todo um processo criativo entusiasmante, pois as possibilidades são infinitas e não existem limites para a imaginação. Apenas criei cinco frases este mês, mas bastaram estas cinco para eu notar diferenças e uma constante evolução.


Nerdices

Séries
Comecei a ver a série This Is Us, que me agarrou e me apaixonou logo no primeiro episódio. Para quem não conhece, fala de uma família, mas de uma forma muito peculiar, na medida em que a história se desenrola no momento presente e no passado. Fez-me lembrar Once Upon A Time, que também era assim, com os seus saltos no tempo. Inclusive existem episódios que só se desenrolam no passado. É muito interessante ver as coisas desta forma, pois vamos conhecendo a história da família Pearson aos poucos e vamos conhecendo os membros da família cada vez melhor, ao mesmo tempo que vamos percebendo o porquê de, no presente, as coisas acontecerem daquela forma ou o porquê de esta ou aquela personagem ser daquela maneira ou reagir daquela maneira.

Para mim, a série está muito bem conseguida, e as personagens estão muito bem feitas. Porque são reais. Não são daquelas personagens algo superficiais ou para as quais olhamos e pensamos Esta pessoa não existe. Não há ninguém assim. Eu, pessoalmente, revejo-me um pouco na maior parte delas, especialmente no Kevin – na questão da insegurança e no facto de guardar as coisas para si e não ser capaz de as pôr cá para fora – e no Randall – aquela espécie de pressão para ser perfeito e fazer tudo certinho e tudo direitinho à primeira, o ficar como que desnorteado quando algo não dá certo ou não corre como planeado ou quando não se está preparado para algo para que não se pode preparar.

Filmes
Um dos filmes que vi este mês – se é que não foi o único, pois, de tão entusiasmada que ando com a série, não tenho visto filmes ultimamente – foi o Never Let Me Go, que foi fantástico e que se revelou num dos melhores filmes que já vi até hoje. É pesado e triste, um bocadinho parado também – embora isso, para mim, não me faça diferença –, mas é tão bom. Porque tem uma história tão boa, tão fora do comum. E chocante. Apesar de ser totalmente fictício, a premissa da história é chocante, abala-nos e não nos deixa indiferentes. Vou passar a aconselhá-lo a toda a gente; é um filme demasiado bom para não ser visto.

Livros
Em termos de livros, este mês li Pandemonium, continuação de Delirium, que tinha adquirido há uns anos numa feira do livro. O segundo e terceiro volume que sucedem a este DeliriumPandemonium e Requiem, respectivamente – nunca chegaram a ser traduzidos para português, pelo que eu, que gostei imenso de ler Delirium e fiquei mesmo curiosa em saber o resto da história, aproveitei, há uns tempos, uma promoção da Wook e comprei os outros dois livros em inglês. Pandemonium foi, assim, o primeiro livro que li em inglês. Honestamente, e tendo eu facilidade em inglês, achei que fosse mais fácil de ler. Esbarrei-me com diversas palavras e expressões que nunca tinha visto e tive que recorrer ao tradutor do Google para me dar uma ajudinha. E, estranhamente ou não, notei uma diferença tremenda na escrita; é como se, em português, a escrita ficasse muito mais “adolescente” e um tanto ou quanto infantil. Em inglês há fuck's e shit's escritos à descarada; por que não se há-de, em português, fazer o mesmo?

Para quem não conhece, a premissa de Delirium é a seguinte: o amor é considerado uma doença e existe um procedimento cirúrgico que permite a cura para o amor, pelo qual todos os cidadãos, ao atingirem os dezoito anos, são obrigados a passar, para viverem uma vida estável, ordeira, segura e feliz, livre do delírio e da loucura do amor. Não me vou alongar mais; uma review detalhada será feita em breve, assim que concluir a trilogia.

Música
Por fim, resta-me falar sobre música. Os Within Temptation, uma das minhas bandas preferidas de há anos, anunciaram o seu regresso, algo que me deixou muito entusiasmada, e mais entusiasmada fiquei depois de ouvir a sua nova música. Que, é verdade, é bastante diferente de tudo o resto que já lançaram, mas não deixei de gostar e deixou-me mesmo curiosa em relação ao resto do álbum. Por falar em WT, lembrei-me de ouvir o projecto a solo da vocalista, o My Indigo. E isto sim, é completamente diferente de WT e nada tem a ver com eles. Mas é engraçado e giro de se ouvir. É um som muito leve. Comigo, resultou muito bem como música ambiente.

Outra coisa que ouvi este mês pela primeira vez foi o álbum que os Eluveitie lançaram no ano passado – shame on me, que tenho sido uma fã desnaturada de algumas bandas que costumava gostar tanto. E, bem, adorei. A minha admiração por esta banda cresce a cada novo trabalho que ouço deles. Por acaso pensei e tive receio que se fossem perder devido à saída dos três membros para os Cellar Darling – que também é espectacular, btw –, mas não. Estão fantásticos. A nova vocalista é excelente e as músicas estão tão boas, com aqueles instrumentais tão bonitos, bem feitos e arrepiantes... Para além de todas as letras serem em gaulês e de todo o álbum falar sobre deuses da mitologia celta – e é a coisas como estas que me refiro quando digo que admiro o trabalho deles; é em “pormenores” destes que se nota trabalho árduo, algo que me faz admirar e gostar muito desta banda. Enfim, foi mesmo uma boa surpresa.

4 comentários:

  1. Que Outubro seja ainda melhor :D

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  2. Não gostei muito da nova dos WT. Quando ao álbum da Sharon, é giro, ouve-se bem, mas uma pessoa está tão habituada a ouvi-la num registo mais pesado que é estranho não aparecem umas guitarras ali pelo meio :D

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  3. Deixa que outubro te surpreenda.. :)

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  4. Os reencontros sabem sempre tão bem!
    Que todos os meses sejam assim tão bons ou melhores :D

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