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Não
deixa de ser um bocado estranho ainda escrever sobre Setembro quando
já vamos a meio de Outubro, eu sei. Tenho mesmo que tentar escrever
estas retrospectivas mais cedo.
Um
bom começo
Logo
o primeiro fim-de-semana de Setembro foi estranho. Estranho no bom
sentido, e digo estranho porque, sim, na verdade foi mesmo bom. Foi
um começo de mês diferente; melhor dizendo, foi um mês que começou
bem. Foi um fim-de-semana de reencontros. Reencontros inesperados, o
que tornou a coisa ainda melhor. Reencontrei-me com pessoas
diferentes nos dois dias, pessoas essas que já não via há algum
tempo. Soube-me tão bem. Inclusive no sábado fui a uma festinha na
minha cidade, e, apesar de a festa em si não ter sido lá grande
coisa e de ter ficado um pouco aquém das minhas expectativas, valeu
pelo convívio e pelo facto de chegar a casa quase às cinco da
manhã. Isto de chegar a casa a estas horas parece que só me
acontece uma vez por ano – se é que chega a acontecer alguma vez
num ano inteiro –, mas, e eu nem sequer sei porquê, costuma
saber-me bem quando acontece.
“Equilíbrio”
Passei
mais alguns dias a trabalhar, mas não me vou alongar neste tópico,
uma vez que falei sobre isto na publicação anterior.
Como
que para equilibrar um pouco a coisa – e também para me despedir
do Verão – queimei os últimos cartuchos da estação. Ou seja,
ainda aproveitei para dar uns mergulhos no mar, já que alguns dias
em Setembro foram propícios a isso. Fui sozinha nalgumas dessas
vezes, e isso também me soube pela vida. Sim, tanto me sabe bem
estar com amigos que já não vejo há muito tempo, como também me
sabe bem estar sozinha, completamente por minha conta. Não sei
explicar bem porquê, mas adoro; adoro meter-me no carro e ir para
onde me apetece, sem hora para voltar, sem obrigações. É como se
me sentisse livre, independente.
Lazer
Em
Setembro, também regressei ao pilates, actividade que comecei a
praticar no ano passado e que adoro. Sinto-me bem quando saio de lá
– mesmo nos dias em que saio toda partida, transpirada e com as
pernas a tremer (sim, o pilates dói; desengane-se quem pense que é
só deitar no tapete e “relaxar”) –, e apenas num ano notei
diferenças em mim, não apenas no corpo, mas também a nível de
força. E fico mesmo contente por, finalmente, ter encontrado uma
actividade física de que realmente gosto, para além de nadar.
Por
falar em actividades, outra a que me dediquei, tal como já tinha
acontecido no mês passado, foi ao lettering. Em Setembro
comecei a desenhar frases completas, e este é um processo que
envolve composição, ou seja, o dispor as letras e as palavras na
folha, o jogar com os tamanhos e com as formas, o uso de elementos
decorativos...é todo um processo criativo entusiasmante, pois as
possibilidades são infinitas e não existem limites para a
imaginação. Apenas criei cinco frases este mês, mas bastaram estas
cinco para eu notar diferenças e uma constante evolução.
Nerdices
Séries
Comecei a ver a série This Is
Us, que me agarrou e me apaixonou logo no primeiro episódio.
Para quem não conhece, fala de uma família, mas de uma forma muito
peculiar, na medida em que a história se desenrola no momento
presente e no passado. Fez-me lembrar Once Upon A Time, que
também era assim, com os seus saltos no tempo. Inclusive existem
episódios que só se desenrolam no passado. É muito interessante
ver as coisas desta forma, pois vamos conhecendo a história da
família Pearson aos poucos e vamos conhecendo os membros da família
cada vez melhor, ao mesmo tempo que vamos percebendo o porquê de, no
presente, as coisas acontecerem daquela forma ou o porquê de esta ou
aquela personagem ser daquela maneira ou reagir daquela maneira.
Para mim, a série está muito bem
conseguida, e as personagens estão muito bem feitas. Porque são
reais. Não são daquelas personagens algo superficiais ou
para as quais olhamos e pensamos Esta pessoa não existe. Não há
ninguém assim. Eu,
pessoalmente, revejo-me um pouco na maior parte delas, especialmente
no Kevin – na questão da insegurança e no facto de guardar as
coisas para si e não ser capaz de as pôr cá para fora – e no
Randall – aquela espécie de pressão para ser perfeito e fazer
tudo certinho e tudo direitinho à primeira, o ficar como que
desnorteado quando algo não dá certo ou não corre como planeado ou
quando não se está preparado para algo para que não se pode
preparar.
Filmes
Um
dos filmes que vi este mês – se é que não foi o único, pois, de
tão entusiasmada que ando com a série, não tenho visto filmes
ultimamente – foi o Never Let Me Go,
que foi fantástico e que se revelou num dos melhores filmes que já
vi até hoje. É pesado e triste, um bocadinho parado também –
embora isso, para mim, não me faça diferença –, mas é tão bom.
Porque tem uma história tão boa, tão fora do comum. E chocante.
Apesar de ser totalmente fictício, a premissa da história é
chocante, abala-nos e não nos deixa indiferentes. Vou passar a
aconselhá-lo a toda a gente; é um filme demasiado bom para não ser
visto.
Livros
Em
termos de livros, este mês li Pandemonium,
continuação de Delirium,
que tinha adquirido há uns anos numa feira do livro. O segundo e
terceiro volume que sucedem a este Delirium
– Pandemonium e
Requiem,
respectivamente – nunca chegaram a ser traduzidos para português,
pelo que eu, que gostei imenso de ler Delirium
e fiquei mesmo curiosa em saber o resto da história, aproveitei, há
uns tempos, uma promoção da Wook e comprei os outros dois livros em
inglês. Pandemonium
foi, assim, o primeiro livro que li em inglês. Honestamente, e tendo
eu facilidade em inglês, achei que fosse mais fácil de ler.
Esbarrei-me com diversas palavras e expressões que nunca tinha visto
e tive que recorrer ao tradutor do Google para me dar uma ajudinha.
E, estranhamente ou não, notei uma diferença tremenda na escrita; é
como se, em português, a escrita ficasse muito mais “adolescente”
e um tanto ou quanto infantil. Em inglês há fuck's
e shit's escritos à
descarada; por que não se há-de, em português, fazer o mesmo?
Para
quem não conhece, a premissa de Delirium
é a seguinte: o amor é considerado uma doença e existe um
procedimento cirúrgico que permite a cura para o amor, pelo qual
todos os cidadãos, ao atingirem os dezoito anos, são obrigados a
passar, para viverem uma vida estável, ordeira, segura e feliz,
livre do delírio e da loucura do amor. Não me vou alongar mais; uma
review detalhada será
feita em breve, assim que concluir a trilogia.
Música
Por
fim, resta-me falar sobre música. Os Within Temptation, uma das
minhas bandas preferidas de há anos, anunciaram o seu regresso, algo
que me deixou muito entusiasmada, e mais entusiasmada fiquei depois
de ouvir a sua nova música. Que, é verdade, é bastante diferente
de tudo o resto que já lançaram, mas não deixei de gostar e
deixou-me mesmo curiosa em relação ao resto do álbum. Por falar em
WT, lembrei-me de ouvir o projecto a solo da vocalista, o My Indigo.
E isto sim, é completamente diferente de WT e nada tem a ver com
eles. Mas é engraçado e giro de se ouvir. É um som muito leve.
Comigo, resultou muito bem como música ambiente.
Outra
coisa que ouvi este mês pela primeira vez foi o álbum que os
Eluveitie lançaram no ano passado – shame on me,
que tenho sido uma fã desnaturada de algumas bandas que costumava
gostar tanto. E, bem, adorei. A minha admiração por esta banda
cresce a cada novo trabalho que ouço deles. Por acaso pensei e tive
receio que se fossem perder devido à saída dos três membros para
os Cellar Darling – que também é espectacular, btw
–, mas não. Estão fantásticos. A nova vocalista é excelente e
as músicas estão tão boas, com aqueles instrumentais tão bonitos,
bem feitos e arrepiantes... Para além de todas as letras serem em
gaulês e de todo o álbum falar sobre deuses da mitologia celta –
e é a coisas como estas que me refiro quando digo que admiro o
trabalho deles; é em “pormenores” destes que se nota trabalho
árduo, algo que me faz admirar e gostar muito desta banda. Enfim,
foi mesmo uma boa surpresa.
Que Outubro seja ainda melhor :D
ResponderEliminarNão gostei muito da nova dos WT. Quando ao álbum da Sharon, é giro, ouve-se bem, mas uma pessoa está tão habituada a ouvi-la num registo mais pesado que é estranho não aparecem umas guitarras ali pelo meio :D
ResponderEliminarDeixa que outubro te surpreenda.. :)
ResponderEliminarOs reencontros sabem sempre tão bem!
ResponderEliminarQue todos os meses sejam assim tão bons ou melhores :D