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your heart é uma das minhas músicas favoritas dos Scorpions. Há
uns dias atrás, andei com esta música em repeat, e, de todas
as vezes que a ouvia, fazia-me pensar.
A
música diz-nos para abrandarmos e ouvirmos o nosso coração.
Diz-nos que basta apenas um passo para começar uma nova viagem, uma
nova vida, e que cabe só a nós dar esse passo decisivo. Diz-nos que
nunca é demasiado tarde – para dar o passo, para mudar, para
seguirmos o nosso coração. Diz-nos que, assim, seguindo o nosso
coração, sentir-nos-emos livres e em casa, em paz. Diz-nos que o
futuro é incerto e que, por isso, não existe um caminho certo. No
fundo, é uma canção de esperança no futuro e para
combater o medo do desconhecido. Pelo menos, é isto que ela me diz e
é desta forma que eu a interpreto.
Ouvi-la
faz-me pensar imenso nestas questões. Acaba, até, por me dar uma
certa esperança. Isto porque concordo com todas estas mensagens que
ela me transmite. De todas as vezes que a ouço, confesso, fico com
vontade de largar tudo, de pôr para trás das costas tudo o que não
me faz feliz, que não me completa e que não me faz sentir
realizada, e de seguir o meu coração, para variar.
Digo
para variar, porque não o segui nas alturas das grandes
decisões, e acho que isso se reflecte na forma como me sinto hoje.
Não o fiz por medo. Medo do desconhecido e medo por tudo acabar por
dar errado. Mas, também, por medo de desiludir quem me é próximo,
e medo por, no fim, se tudo desse errado, ter que admitir a essas pessoas que tinham
razão. Em suma, tinha medo de cometer um erro. Mas acho que, no
final de contas, acabei por errar na mesma. O medo de cometer um erro
fez-me cometer um erro de qualquer das formas, se é que isto faz
sentido.
Uma
outra coisa que a canção me diz é que este é o momento para eu
ser livre. E este singelo verso enquadra-se tão bem na minha
situação actual, que me faz pensar ainda mais – e faz-me pensar
no quanto estou a ser parva. Porque eu podia aproveitar a situação
em que estou para dar o tal derradeiro passo e mudar por completo. Em
vez disso, parece que continuo a bater no ceguinho. Honestamente,
acho que, se não for agora, não sei quando será.
A
questão é que, se toda a gente – ou a grande maioria das pessoas
– escolhe aquilo que quer e que a fará feliz e luta para o
conseguir, sem medo do desconhecido ou de um possível falhanço e
demorando o tempo que for preciso, então por que não hei-de eu
fazer o mesmo?
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